Todas as nações têm certos tipos
de manias que do início se transformam em “ícones” humorísticos e folclóricos,
mas na maioria das vezes geram grandes transtornos individuais e coletivos.
Quando estes “ícones” negativos atingem ao âmbito coletivo então merecem um
minucioso questionamento sobre estes comportamentos prejudiciais a todos. Então
é chegado o momento de se repensar nestas ações contraproducentes e procurar a
curto, médio e longo prazo uma veemente correção desses péssimos hábitos.
O povo brasileiro também carrega
em seu consciente individual e coletivo alguns desses “ícones” famosos que já
são marcas registradas, mas avalio serem negativos e que devem ser corrigidos
urgentemente. E um dia serem excluídos esses comportamentos impresumíveis do
nosso povo. Entre tantos quero analisar nesta matéria a popularidade negativa
da cultura do atraso, isso é a péssima mania de se deixar tudo para última
hora. É uma tarefa individual para quem
sabe um dia nos livrar desta fama negativa de fazer tudo na mesma hora criando
uma cultura do atraso. Este comportamento cria a imagem de uma nação marcada
pela irresponsabilidade e que tudo só funciona a base da pressão e penalidades
das leis. Atualmente a maioria das coisas em nosso país tem este estigma
negativo que deve ser superado; uma missão de todos.
O brasileiro é conhecido por
deixar tudo para último dia, hora minuto e segundos para cumprir com seus
deveres como cidadão. Provavelmente quem faz isso, faz de plena consciência
usando seu livre arbítrio inconsequentemente e assumindo as penalidades desse
ato lesivo a si mesmo e a sociedade. Toda a pessoa que procede desse jeito
sempre procura justificativas estapafúrdias tentando explicar o inexplicável.
Isso não é ficção é uma realidade bem marcante na vida de muitos cidadãos de
nosso Brasil.
Por enquanto não se sabe o porquê
de muitas pessoas agirem desta forma mesmo que em determinadas situações
existam duras sanções previstas em lei. Quando alguém abandona o ato de cumprir
suas obrigações como cidadão, está agindo de maneira incorreta e não dar bons
exemplos para as pessoas de seus círculos de convivência. Há circunstancias que o prejuízo é único e
exclusivo para a pessoa que deixa de fazer ou cumprir a um chamado das autoridades
responsáveis para executar tais procedimentos sociais de interesse
público.
Essa cultura do atraso é negativa
e deve ser uma grande área de trabalho e pesquisas para algumas ciências
humanas e sociais terem a incumbência de ajudarem explicarem cientificamente as
causas que levam muita gente ter este comportamento que produz prejuízos
individuais e também para o coletivo da nação brasileira. Aqui os profissionais
da psicanalise, psicologia, sociologia e antropologia, quem sabe juntas
encontrarão uma resposta correta e soluções aconselhadas para que ao longo do
tempo se corrijam essa patologia nacional.
Já mais estou aqui julgando e
condenando alguém, quem sou eu para fazer isto? Também tenho os meus erros, sou
humano tenho as mesmas fraquezas como todos os meus semelhantes. Não pretendo
já mais ser um “moralista” de plantão, o senhor “certinho” ou o “Joãozinho do
passo certo” longe disso. Apenas estou analisando este fato real que está
impregnado na sociedade brasileira e que naturalmente está se criando uma
cultura negativa, a do atraso entre a população. Entendo que tudo que é
inconveniente, possamos resolver isso e procurar uma autodisciplina, para dar
um bom exemplo a si mesmo e a sociedade. Há muito tempo para remeter esse
paradigma eliminando o definitivamente e implantar uma nova cultura positiva,
da pontualidade e do bem, que seja producente para todos.
Tem muita gente que considera
essa cultura do atraso uma grande “saída pela tangente” para justificar
qualquer espécie de atraso dos seus compromissos. Isto é, desde um mero evento
familiar, comunitário e social as grandes convocações a nível nacional previstas
em lei. Geralmente são amplamente divulgadas pelos meios de comunicações,
autorizados pelos os órgãos administrativos competentes e responsáveis para
fazer isso. Esta prática nociva atinge uma imensa maioria da população. Não é
uma prática apenas de uma única classe social são de todas. Inclusive de
cidadãos detentores de cargos públicos eletivos, representantes do povo que
deveriam dar o bom exemplo, são os primeiros a dar um péssimo exemplo de
cidadania. Estes tem o péssimo hábito de fazerem tudo nem no último minuto, mas
simplesmente no último segundo, quando tem a hombridade de comparecer a um
evento de porte nacional que ele mesmo ajudou criar; votado nas casas
legislativas do Brasil para a aprovação de determinada lei e suas penalidades;
mesmo assim, não faz a coisa certa. Então não vejo isso como positivo, ou
brincadeira vejo como uma vergonha nacional.
Muitos veem como: piada,
brincadeira e tudo como se fosse normal, deixar os compromissos para última
hora mesmo se prejudicando, ou colaborando para um prejuízo nacional. Tem
pessoas que procuram justificar seus erros se espelhando nos erros alheios, se
todos agirem assim, aos poucos irá deixando de ser uma sociedade organizada
dentro regras de convivências democráticas para retroagirmos a barbárie humana.
Portanto, concluo esta matéria
afirmando que penso diferente, mesmo que, por um motivo ou outro deixei de
cumprir minhas obrigações como cidadão no prazo estipulado pela lei, minha
consciência fala mais alto e incomoda constantemente para não permitir
persistindo-nos mesmos erros. Procuro não errar, mas caso venha acontecer não
repetir, mas procurar corrigir o quanto antes. Também já mais irei recriminar
os motivos que levam as pessoas agirem assim.
Muitos agem por má fé, porém
outros cidadãos têm seus motivos extraordinários que são plenamente
compreensíveis e justificáveis. Cada é dono de sua história e sabe de suas
responsabilidades. O importante mesmo é que cada um procure ao longo de sua
vida fazer o que é certo e não ir à onda perigosa dos outros; por quer, pode se
tornar um tsunami de irresponsabilidades sem volta. É necessária uma radical
mudança de mentalidade para que este estigma seja excluído do modo como pessoas
pesam e agem negativamente e procurarem implantar como meta em suas vidas
agirem corretamente sem prejuízos particular e coletivo. Agindo correto, aí sim
teremos uma nação que carregue por todo o mundo, um perfil de amor-próprio na
consciência de agir em tudo que faz honestamente; ser assíduo nos compromissos,
começando através das mínimas coisas até as grandiosas responsabilidades
particulares e coletivas.