A POPULAÇÃO CORRE PARA BUSCAR
RESOLVER SUAS NECESSIDADES BÁSICAS, FORÇANDO A INTEGRAÇÃO E MOBILIZAÇÃO ENTRE
AS PEQUENAS E GRANDES CIDADES DO BRASIL.
O IBGE divulgou dia 25/03/2015 um
novo fenômeno social, a grande integração que vem ocorrendo entre os municípios
do Brasil. Os fatores que motivam a população fazer esta integração é o
deslocamento para trabalhar e também estudar. Muitos municípios brasileiros são
considerados cidades dormitórios pelo fato de não disporem de trabalho e
principalmente faculdades e nem universidades.
Muita gente passa o dia fora de
seu município domicilio e simplesmente só volta para dormir. Saem cedo de seus
lares e somente retornam tarde da noite para dormir. Essa rotina é permanente o
ano inteiro de segunda feira a sexta feira e tem situações que voltam em fins
de semana.
Esse fenômeno urbano e social
ocorre por que muitos municípios, principalmente os menos desenvolvidos não
dispõem desses fatores básicos e fundamentais para oferecer aos seus
contribuintes. Todos são obrigados a se deslocarem a muitos quilômetros de
distancia em busca do que precisam para viver ou se educarem em outras
localidades.
Nesta pesquisa me chamou atenção que
ficou de fora vários outros fatores que contribuem para esse deslocamento
continuo da população para outras cidades desenvolvidas. Não é somente a
procurar a educação e o trabalho. Têm outros elementos essenciais como a saúde,
serviços e comercio nas cidades adjacentes; nas capitais e aquelas que oferecem
uma infraestrutura de saúde, comercio e serviços qualificados. Os habitantes dessas
pequenas cidades são obrigados fazerem estes constantes deslocamentos
promovendo a integração municipal.
Analisando o fator saúde. A
maioria dos prefeitos das cidades de pequeno e médio porte faz uso de um
expediente bem conhecido à chamada “ambulância terapia”. São muito cômodo eles
compram ambulâncias, ônibus e micro-ônibus e mandam seus munícipes
contribuintes via SUS para as cidades onde dispõem de melhor qualidade na
saúde. Basta circular os hospitais escolas de Porto Alegre, por exemplo, que os
estacionamentos dessas instituições de saúde estão lotados de ambulâncias de
todos os municípios do interior do Estado, além de todos os outros que formam a
região metropolitana da grande Porto Alegre. Uma realidade ruim para os
pacientes, para os hospitais dessas cidades que ficam superlotados e bons para
os prefeitos e o governo estadual e federal que deixam a saúde do povo amíngua. Esta realidade certamente ocorre
em todo o país.
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muitas cidades brasileiras são legítimos dormitórios |
Portanto, este item essencial não
sabe por quer o IBGE deixou de fora dessa pesquisa mostrando a mobilidade entre
os municípios brasileiros. É uma situação que contribui muito nos deslocamentos
da população entre uma cidade e outra. Todos vão à busca de melhores condições
de trabalho, estudo e saúde. Segundo o
levantamento, baseado no Censo Demográfico 2010, em todo o país 7,4 milhões de
pessoas se deslocava entre os municípios dos arranjos populacionais para
estudar ou trabalhar. Agora imaginem se se inclui as outras necessidades da
população esse número seria incrivelmente superior várias vezes. Ora se o
objetivo do estudo é fornecer subsídios para a elaboração de políticas públicas
e estimular a parceria entre os municípios envolvidos. Definir o quadro sintético da urbanização
brasileira e as novas formas urbanas que surgiram no país. Todavia, esse estudo falta esses elementos
essenciais à população para elaborar politicas públicas amplas, eficazes até
que venha contemplar as necessidades da população.