O pior momento da pandemia no país. A cruz é a lembrança dos que morreram por covid-19. Após 1 ano de pandemia da Covid-19, o país contabiliza a marca mais infeliz, da história recente; já são mais 253 mil mortos. É a pior fase deste pico da covid-19 e suas mutações, ou novas cepas do coronavirus, as quais são mais contagiosas, assim afirmam; os infectologistas. Porém é dramático, mas a nação vive o momento mais grave nestes 365 dias após a confirmação do primeiro diagnóstico.
A saga dos sapateiros e o sapato na região.
Essa grandiosa história é antiga e em seu processo de expansão ocorreram os seus momentos de glórias, apogeu e declínio. A crise que se abateu sobre esse setor que predomina até a atualidade, mas infelizmente não houve superação e certamente é uma realidade longínqua para acontecer.
A histórica luta dos sapateiros é uma saga erguida, através desses heróis trabalhadores especializados nesse setor importante para todos. Foram esses trabalhadores, os pioneiros e os responsáveis, no aperfeiçoamento do futuro brilhante da região.
Todos esses laboriosos profissionais, que trouxeram a pujança até os dias de hoje, merecem serem sempre lembrados e homenageados em todas as suas cidades de origem.
Essa história repleta de muitos fatores que marcaram o desenvolvimento econômico da região do Vale dos Sinos, mas atualmente se percebe o declínio da indústria do calçado e o futuro não promissor dos profissionais e dessa indústria que era pujante.
Os primórdios e a evolução do calçado em Campo Bom e Vale dos Sinos.
Os primórdios sapateiros iniciaram essa aventura, na área do calçado a qual fez crescer a economia da região, o país e do mundo. Tudo iniciou a partir do fim da década de 1800, através dos primeiros imigrantes alemães vindos para o Brasil. Nessa época os imigrantes já estavam instalados em definitivo na vila campo Bom que pertencia a São Leopoldo e somente em 31 de janeiro de 1959 ocorreu a emancipação política e foi criado o município de Campo Bom no Estado do Rio Grande do Sul.
A indústria do calçado no Vale dos Sinos, área abrangida pela antiga colônia de São Leopoldo. Nesse período se compreendia as localidades de Novo Hamburgo, Campo Bom, Dois Irmãos e as demais pertencentes a essa colônia, que recebeu e distribuiu os primeiros imigrantes vindos da Alemanha para o Vale do Rio dos Sinos. Em todas as localidades alguém iniciou essa atividade promissora. Em Novo Hamburgo Pedro Adams Filho, e Campo Bom Jacob Vetter e nas demais cidades tem os seus pioneiros nessa próspera atividade do sapato, que impulsionou durante muitos anos; o desenvolvimento econômico do Vale dos Sinos.
A primeira fábrica de calçado no Município.
Na Cidade de Campo Bom a primeira fábrica foi instalada em 1890, por meio da iniciativa de Jacob Vetter o patriarca da família Vetter. Ele iniciou uma pequena fabricação de calçados (chinelos, tamancos, cintos e artefatos de couro) na antiga vila de Campo Bom. Segundo os historiadores era localizada no atual Bairro Rio Branco.
Para darem continuidade ao sonho pioneiro do pai, os seus filhos Emílio e Gustavo Vetter, no ano de 1904, criaram a empresa Vetter S/A Indústria e comércio, nas proximidades da estação do trem. Essa adjacência da estação férrea, foi estratégica para facilitar o escoamento da produção para o interior do Estado e para o centro do país.
Em função da grande produção de calçados os proprietários e irmãos Vetter, inauguraram uma nova fábrica no ano de 1918. A partir de então, começaram a impulsionar de maneira evidente o desenvolvimento econômico forte, ainda da vila Campo Bom.
Os sapateiros de tinham a fábrica como referência para o sustento das suas famílias.
A Fábrica era a principal referência para muitos sapateiros campo bonitenses e da região e através das suas longas jornadas de trabalhos obtinham o sustento da família. Assim também, a continuidade do progresso do município e da região metropolitana que ao longo do tempo era conhecida como o vale do sapateiro ou do sapato.
Inclusive muitos trabalhadores sapateiros nos tempos áureos, conseguiram construíram as suas riquezas particulares; fruto do seu trabalho honesto, permanente e consequentemente, a região se desenvolveu em ritmo acelerado até entrar a crise da indústria do sapato que levou a falência das grandes empresas e a miséria de muitos pais de famílias até os dias atuais.
O declínio do calçado no Vale, na década de 1990.
Após o grande apogeu na produção e exportação do calçado na Região do Vale dos Sinos. Os empresários e os trabalhadores na indústria calçadista mergulharam numa depressão econômica, a partir da década de 90 até os dias atuais. Hoje a região amarga o alto índice de falências e desempregados dos bravos sapateiros. Muitos trabalhadores dessa área foram obrigados a migrarem para outros setores, no processo de diversificação da indústria metal mecânica, têxtil, hoteleiras e outras que foram surgindo na região do Vale do Rio dos sinos. As principais cidades do Vale perderam as maiores e as tradicionais indústrias calçadistas. A invasão chinesa dos calçados de péssima qualidade e os preços inferiores foi a principal razão para o fim da produção volumosa do calçado brasileiro.
Para preservar a memória do sapato foram construídos monumentos, praças, feiras e não mais indústrias.
O que restam nas cidades produtoras são poucas indústrias de grande porte e pequenas fabriquetas de fundos dos quintais. Isso para não sepultarem em definitivo a produção do sapato no Vale do Rio dos Sinos. Os empregos nesse setor calçadista são raros na região. Quando alguém consegue alguma vaga, os empregadores pagam aos sapateiros, uma remuneração pífia. Todavia, exigem produção exorbitante, além das forças de trabalhos dos sapateiros. Aquelas cidades que antes eram referência na confecção do sapato, apenas têm monumentos para dizer para as gerações futuras que aquela cidade um dia foi pioneira na produção do sapato.
Novo Hamburgo que gozava com o título da Capital Nacional do Calçado resta o Pórtico com esse título e a FENAC (Centro de Eventos e Negócios) símbolo do apogeu da fabricação do sapato ambiente de exposições e vendas. Lá se realizavam as colossais feiras de calçados onde participavam, os fabricantes, lojistas e público em geral. Todos os expositores apresentavam as suas novidades, os grandes produtores regionais, nacionais e internacionais. Atualmente se realizam feiras com outras modalidades e algumas exposições dos fabricantes que ainda resistem à crise econômica brasileira e calçadista.
Assim fez a Cidade de Campo Bom se realiza de dois em dois anos a festa do sapato. No espaço do lago Irmãos Vetter, tudo é organizado com os lojistas locais, regionais e de Franca, município de São Paulo. Atualmente continua com uma produção pujante do calçado. Tudo para preservar a memória de que durante longas décadas, o município era pioneiro na fabricação dos melhores calçados do país e do mundo.
A cidade de Campo Bom é um exemplo dessa realidade, onde os sapateiros vivem de memórias. A prefeitura construiu uma ampla praça no local da primeira fábrica do sapato a conhecida Vetter e atualmente é o lago irmãos vetter.
Essa praça é uma espécie de memória ao sapato e aos sapateiros. Preservaram a fachada, a chaminé (hoje é o mirante com 40 metros de altura) quem sobe até o topo tem uma visão panorâmica da cidade, a bicicleta que era o meio de transporte dos sapateiros e o monumento ao sapateiro. Além disso, foi construído um anfiteatro para as apresentações culturais da Cidade e outros símbolos referentes ao sapato. O lago Irmãos Vetter é um dos principais pontos turísticos de Campo Bom e região.
O profissional do sapato até ganhou um monumento especial dedicado a todos os sapateiros de Campo Bom e do vale dos sinos. Aqueles que construíram as riquezas do Estado e dessa região acolhedora dos imigrantes de todos os recantos deste Estado, país e mundo. Hoje esses nobres trabalhadores, para sobreviverem e proverem suas famílias, foram obrigados a mudarem de profissão.
Bom Domingo
ResponderExcluirUma interessante e excelente publicação .Ao ler foi como se estivesse vivendo no local .
Gostei demais .
Abraço amigo
O Vale do Rio dos Sinos faz parte da região metropolitana de Porto Alegre. Era uma vez conhecido como o Vale do Sapato. A atualmente ainda existem algumas indústrias de grande porte, mas a produção calçadista em grande escala terminou. O que existe de fato é o desemprego e pequenas fabriquetas espalhadas em toda a região que compreende mais de 1 milhão de habitantes trabalhando em outros setores. Os municípios vivem de lembranças como monumentos, praças e museus. A importação chinesa quase exterminou com a produção do calçado nacional. Eu morei no Vale durante a época de ouro do calçado E realmente era uma localidade rica e próspera. Hoje a população vive de sonhos!
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