Reencontro Memorável entre Amigos da Faculdade Um encontro memorável entre amigos da época acadêmica A beleza da Serra Gaúcha em um dia de outono, cenário inspirador para o reencontro de amigos que vieram desta região. A vida é tecida por momentos únicos que guardamos no coração como preciosidades. Dentre eles, estão os reencontros com aqueles que caminharam ao nosso lado em etapas marcantes de nossa jornada, como os amigos dos tempos universitários. Esses encontros transcendem o tempo e a distância, renovando laços e reafirmando a importância de celebrar histórias compartilhadas. Foi exatamente isso que aconteceu no inesquecível encontro do dia 21 de abril de 2015, um evento que fortaleceu amizades e trouxe à tona memórias que jamais se apagarão. O reencontro: memórias e novas conexões No restaurante “Paraíso da Gula”, em Novo Hamburgo-RS, amigos e familiares ...
Reflexões éticas e sociais na Era da Conexão e Desconexão.
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Os frutos doces e amargos da sociedade, repre8sentados pela máscara e pelas balanças do equilíbrio e desequilíbrio Créditos:IA |
Vivemos em um mundo onde as fronteiras entre o digital e o real se dissipam, moldando novas dinâmicas sociais e éticas. Cada ação, seja no ambiente online ou offline, é uma semente lançada que pode germinar frutos doces de empatia e progresso ou frutos amargos de polarização e desinformação. Essa metáfora dos “frutos doces e amargos” sintetiza os desafios da era digital e reforça o impacto de nossas escolhas na sociedade.
Desde as raízes da filosofia clássica com Platão e Aristóteles até as reflexões contemporâneas de Floridi e Freire, exploramos o equilíbrio entre virtudes e falhas humanas. No Brasil, os atos de 8 de janeiro de 2023 e sua conexão direta com a tentativa de golpe de Estado revelam os frutos amargos de decisões irresponsáveis e antidemocráticas. Já em um contexto global, observamos padrões semelhantes na ascensão da extrema-direita e nas milícias digitais que ameaçam a verdade e os pilares democráticos.
Este artigo propõe uma abordagem filosófica e prática sobre como nossas ações moldam o presente e podem transformar o futuro, refletindo sobre o papel da tecnologia, da justiça e da educação na construção de um mundo mais ético e conectado.
1. Relações interpessoais: O Jardim das Conexões (Online e Offline) e a Ética do Cuidado
As relações humanas são jardins dinâmicos, onde cada interação é uma semente plantada. Online, nossas palavras têm um alcance que ultrapassa fronteiras, mas frequentemente esquecemos que atrás de cada perfil existe uma pessoa real. Carol Gilligan, ao destacar a ética do cuidado, nos inspira a praticar empatia — um antídoto para a desconexão emocional que muitas vezes permeia as redes sociais. Gestos simples, como apoiar alguém ou ser honesto, podem germinar frutos doces de confiança e harmonia. Por outro lado, a indiferença ou a manipulação criam solos áridos, onde cresce o isolamento. Como podemos equilibrar o cuidado genuíno no meio da comunicação digital?
2. Ética Profissional: A Colheita da Integridade (Na Carreira e na Reputação Digital) e o Imperativo Categórico de Kant
No âmbito profissional, o peso da responsabilidade cresce com a visibilidade online. A integridade torna-se um fio condutor entre o mundo físico e digital, modelando reputações e carreiras. O princípio kantiano nos desafia a agir conforme valores universais, como honestidade e transparência, especialmente em práticas como o uso de dados e o combate à desinformação. No cenário digital, as ações que pareciam efêmeras podem ter consequências duradouras. Como integrar esse rigor ético à cultura digital nas empresas e na vida pública?
3.Responsabilidade Social: Semeando o Futuro (No Mundo e na Web) e a Justiça como Equidade de Rawls
A responsabilidade social extrapola os limites do mundo físico e se estende às iniciativas digitais. Rawls nos inspira a buscar equidade e inclusão em todas as nossas ações, promovendo oportunidades iguais e justiça. Voluntariado e engajamento em causas sociais são sementes que promovem progresso e coletividade.
4. A Era Digital: Colhendo o Bem e o Mal na Internet e nas IAs e a Filosofia da Tecnologia de Floridi
A era digital é como um solo fértil que amplifica o impacto de nossas ações, tanto positivas quanto negativas. Luciano Floridi nos apresenta uma visão cautelosa: devemos criar tecnologias que respeitem a dignidade humana, evitando armadilhas como a desinformação e o excesso de automação desumana. A ética algorítmica, por exemplo, pode mitigar preconceitos e garantir que as IAs trabalhem pelo bem comum. Será que estamos prontos para colher frutos doces de inovação sem prejudicar nossa humanidade?
4.1. Milícias Digitais: Os Frutos Amargos da Era Digital
As milícias digitais no Brasil e no mundo destroem a verdade e fragilizam as instituições democráticas. A disseminação de fake news, como visto no contexto do 8 de janeiro e do ataque ao Capitólio nos EUA, reflete o impacto destrutivo dessas práticas.
4.2. A Missão da Sociedade: Colher Frutos Doces com a Verdade
Combater as milícias digitais e promover a ética nas tecnologias são missões cruciais. A educação midiática e o desenvolvimento de algoritmos éticos são ferramentas poderosas para reverter os danos causados por essas práticas.
Leia também: Atos golpistas do 8 de janeiro de 2023
5. O 8 de janeiro e a Colheita da Democracia (Reflexos Online e Offline) e a Defesa da Esfera Pública de Habermas
O dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília, representou um ataque à esfera pública democrática e, como um marco do impacto negativo que a desinformação causou à democracia brasileira. Foi uma clara tentativa de golpe de Estado contra a democracia, sem precedentes.
Habermas enfatiza o valor da esfera pública — espaço onde ideias podem ser debatidas racionalmente. No entanto, a polarização amplificada por algoritmos e redes sociais ameaça esse espaço. A reconstrução da confiança requer não somente responsabilização, mas um compromisso com o diálogo genuíno. Como podemos criar ambientes online onde as vozes da razão prevaleçam sobre o extremismo?
Documentário sobre o 8 de janeiro de 2013, da BBC de Londres.
5.1. O Julgamento dos Atos de 8 de janeiro no STF: Atualizações Cruciais
O julgamento dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, conduzido pelo STF, revelou a conexão entre a tentativa de golpe de Estado e os ataques às sedes dos Três Poderes. Provas visuais e delações, como as de Mauro Cid, evidenciaram o planejamento estruturado desses eventos. O ex-presidente Jair Bolsonaro [Bozo] e aliados estão sendo julgados por incitação e organização desses atos. As decisões recentes reiteram o compromisso com o fortalecimento da democracia e criam precedentes importantes na proteção do Estado Democrático de Direito.
6. A Ascensão da Extrema-Direita e os Desafios Globais (A Amplificação Digital) e a Crítica à Razão Instrumental de Adorno e Horkheimer
Adorno e Horkheimer alertaram sobre os perigos de uma razão instrumental, que prioriza a eficácia sobre os valores. Na era digital, propagandas enganosas e discursos de ódio encontram solo fértil para crescer. Resistir à ascensão da extrema-direita global exige mais que indignação; requer diálogo, tolerância e educação política. Como usar as ferramentas digitais para incentivar debates saudáveis e combater radicalismos?
6.1. Exemplos Práticos da Ascensão da Extrema-Direita no Mundo
A ascensão da extrema-direita global, incluindo o ataque ao Capitólio nos EUA, o avanço de Javier Milei na Argentina e o crescimento de partidos como o AfD na Alemanha, reflete os impactos de crises sociais e econômicas amplificadas pelo ambiente digital. Resistir a essa ascensão exige diálogo, educação e ação coletiva.
7. O Papel da Educação na Semeadura de Valores (Na Era Digital) e a Pedagogia da Autonomia de Freire
A educação emerge como ferramenta essencial na construção de um futuro ético. A pedagogia da autonomia de Freire reforça a importância do pensamento crítico, enquanto a educação midiática capacita cidadãos para identificar a desinformação e agir com responsabilidade no mundo digital.
Portanto, a metáfora dos “frutos doces e amargos” é mais do que uma representação simbólica — é uma chamada à ação. Os frutos amargos, gerados pela desinformação, polarização e intolerância, destacam o impacto destrutivo das escolhas negligentes. Por outro lado, os frutos doces, resultado da ética, da verdade e do diálogo, oferecem esperança para um futuro mais justo e conectado.
Os atos de 8 de janeiro de 2023 e outros eventos globais nos alertam sobre os perigos da desinformação e da manipulação digital. Contudo, o julgamento em curso no STF e iniciativas globais de combate à extrema-direita demonstram ser possível reconstruir e fortalecer os valores democráticos.
Que possamos, como sociedade, semear sementes de virtude, compaixão e responsabilidade, utilizando a tecnologia e a educação como ferramentas para transformar desafios éticos em oportunidades de crescimento. O futuro que colheremos dependerá dos frutos que decidirmos cultivar hoje.
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Referências Bibliográficas.
— Aristóteles. Ética a Nicômaco.
— Adorno, T. W., Horkheimer, M. Dialética do Esclarecimento.
— Floridi, L. The Ethics of Information.
— Freire, P. Pedagogia da Autonomia.
— Gilligan, C. In a Different Voice.
— Habermas, J. Mudança Estrutural da Esfera Pública.
— Kant, I. Fundamentação da Metafísica dos Costumes.
— Platão. A República.
— Rawls, J. Uma Teoria da Justiça.
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