O contexto histórico, político e social desta obra, se confunde com os dias atuais.
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A foto mostra o Livro, O Príncipe de Maquiavel. |
Para se entender a política atual
do país e do mundo é indispensável ler e compreender o pensamento de Maquiavel
contido em sua obra esplêndida O Príncipe. Nesta obra de ciências políticas da
época o mundo estava em turbulências ideológicas e era necessário alguém de
pulso firme, o Príncipe com sabedoria acalmar para conduzir essas inquietudes e
aplicar um novo jeito estratégico de agir diante dos fatos.
É neste contexto semelhante ao de hoje que esse livro é publicado como certa temeridade de dar certo ou não as teorias descritas que são os fundamentos para o funcionamento de um novo sistema ideológico, diante das mais diversas correntes políticas da sociedade. “O príncipe deve ser flexível, plástico e precisa se adaptar às variadas circunstâncias, sendo parecido com um camaleão.
Para garantir o bem comum, o príncipe deve
trocar de pensamentos e de atitudes como também de máscaras e de vestes, no que
estiver ao alcance do homem. O príncipe terá de fazer escolhas a cada momento.
Apenas o conhecimento irá lhe servir como aliado confiável e, mesmo assim, isso
não garantirá de antemão bons resultados”. Situação igual da atual realidade
brasileira e do mundo, por isso a sua complexidade não é tão grande para se
aplicar literalmente ao contexto turbulento do Sistema Capitalista, que se
encontra em declínio atualmente.
Não adianta discutir sobre
política sem que se leia minuciosamente esse livro a base das teorias
políticas. Contudo, O príncipe de Maquiavel o mais controverso compêndio de
política e que precisa ler com muita dedicação para compreender o pensar de
Maquiavel.
Nicolau Maquiavel é o principal pensador político
da história.
Neste mês de maio os apaixonados
das leituras políticas terão muito a recordarem, falarem e discutirem sobre o
pensador italiano, “Niccolò di Bernardo dei Machiavelli” a tradução para o
português Nicolau Bernardo Maquiavel. Autor do mais controvertido compêndio de
ensinamento político O príncipe. Seu nascimento foi no dia 3 de maio de 1469,
Itália, falecendo em 21 de junho de 1527 em Florença.
Este ano são comemorados mais de
meio século de consistência desta obra da literatura política clássica, do
período renascentista. Repleta de grandes polêmicas no palco da política
mundial. Há uma vasta literatura sobre esta obra impactante entre os pensadores
e cientistas políticos. Cada um tem elaborado versões de interpretações de
acordo com sua ideologia e sua área de atuação e vivência como ser político,
mas é fundamental nunca fugir do pensar de Maquiavel.
Uns enaltecem outros os condenam
a proposta política de Nicolau, porém, existe uma unanimidade que reconhece
esta obra como o verdadeiro referencial para todos os cidadãos. Aqueles que
almejam chegarem e se manterem no poder. No entanto, para isso, precisa possuir
as verdadeiras virtudes para saber agir em determinadas situações de conflitos.
Ainda assim, mantém-se no domínio e para conquistar outras adesões que os
fortaleça como governante autêntico.
A obra do pensador político Maquiavel.
Não obstante, o fato imperioso no
campo político sem dúvida é a comemoração da conclusão e publicação do livro
mais lido por quase todos os políticos do mundo. Esta obra magnânima da arte da
política foi concluída em 10 de dezembro de 1513. Este ano especificamente em
dezembro, este tratado sobre política faz um aniversário de 508 anos de
história no meio político mundial. Nesta matéria não irei analisar o mérito
precioso do conteúdo deste clássico mundial da literatura política e muito
menos fazer uma resenha do livro. Apenas quero fazer outra leitura, tentar
esclarecer as formas desprezíveis e preconceituosas como este compêndio
maravilhoso foi repassado ao longo da história, desmotivando muita gente a ler
esta obra-prima da política como arte de governar. Meu objetivo é procurar
desmistificar essas ideias erradas e incentivar a leitura deste arquétipo da
arte de governar e sobre a visão de Nicolau para os nossos dias.
Para entender com clareza, O
Príncipe, é imprescindível retornar ao contexto político da época.
Para que o leitor adquira o interesse
em ler esta excelente obra é fundamental que se volte à contextualização
histórica em que passava a Itália da época em que foi escrito este livro. A
Itália dos séculos XV e XVI estava no auge do renascimento cultural e
intelectual, mas atravessava uma fase perturbada por guerras, assassinatos
violentos, conspirações e traições entre os poderosos. Dentro de uma Itália
dividida, Maquiavel vivenciou estes conflitos que certamente os trouxeram
dissabores e, ao mesmo tempo, fizeram renascer o desejo a este grande
intelectual o sentimento da unificação plena de seu país. Neste contexto
histórico que Nicolau arquitetou sua obra o governante, o Príncipe sábio,
virtuoso e forte para manter o poder único e estabilizado utilizando os
caminhos corretos para concretizar este desejo como cidadão e pensador da
época.
Devido às grandes perseguições
que Maquiavel sofreu durante sua vida, esta obra foi considerada pelo poder
dominante da época como sendo um livro subversivo, até certo ponto compreensiva
diante dos mais ambiciosos interesses dos governantes da época. Todavia,
principalmente para o contexto histórico em que Maquiavel escreveu, esta obra
visava à volta de um príncipe ao poder. Infelizmente os poderosos deturparam de
uma maneira ideológica direcionada a minar a expansão do pensamento de Nicolau
Maquiavel no campo político. Pelo seu brilhantismo, as tentativas dos poderosos
foram impróprias. O pensamento de Nicolau traspassou as entranhas da política e
continua sendo vigoroso durante estes mais de quinhentos anos de existência.
Muitas pessoas conseguiram passar uma visão negativa da obra de Maquiavel.
Desde aquela época muitas
pessoas, conseguiram estigmatizar e propagarem eficientemente para o povo até
os nossos dias, esta visão negativa do grande pensador e criador da política
moderna. Este pensamento é plenamente difundido principalmente entre as
pessoas, e entre as nações que lê pouquíssimo e geralmente as obras deste nível
e estilo como “O Príncipe de Maquiavel”. Para ler e compreender esta obra o
leitor obrigatoriamente deve ter uma formação que possa chegar ao grau de
compreensão que o escritor exige. Muitos até tentaram ler, mas desistiram porquenão dispõe de uma formação apropriada. As melhores formas que encontraram para
excluir da história foram geradas ao longo deste período, as críticas
principalmente póstumas, instituindo, a partir de seu próprio nome o adjetivo
maquiavélico, que é extremamente pejorativo, passando a ideia de astúcia,
esperteza, aleivosia, sagaz, má-fé, logro e atrocidade, fingimento etc.
Tem muitas pessoas que nunca
leram o livro “O príncipe de Maquiavel”, e muitos nem sabem o significado deste
adjetivo pejorativo maquiavélico e enchem o peito e dizem levianamente isto é
uma estratégia maquiavélica, aquele sujeito parece ser um excelente conhecedor
do pensamento de Maquiavel. Agora se entende por que os políticos são maquiavélicos
etc. e assim por diante sempre se ouve expressões que são verdadeiras pérolas
da ignorância em relação a um grande autor de um esplêndido manual de política
para todos os governantes e a população que deseja conhecer os meandros do
poder.
Muitos desviam a interpretação correta da obra de
Maquiavel.
Há um bordão popular inspirado em Maquiavel, (os fins justificam os meios) esta sentença nunca foi escrita por Maquiavel no livro “O príncipe” no decorrer da história no meio político criou essa interpretação falaciosa sobre suas ideias de criar um país unificado. Esta frase deve ser compreendida dentro de todo o contexto histórico e político que vivia o escritor na época.
Portanto, não simplificar nesta frase gerada por interpretações errôneas como se fosse à base do conteúdo do livro espetacular sobre fundamentos da política moderna. O que ele pretendia explicar era: que o monarca deveria ser alguém dotado de capacidades para agir sem medir esforços para atingir os objetivos de governar aguerridamente para unificar a nação italiana despedaçada em desavenças. Essa era a justificativa ele buscava a união e estabilidade do governo e nada mais.
Durante muitos anos houve muitas
interpretações para este objetivo de Maquiavel e muitos sintetizaram esta frase
que se tornou um célebre bordão para muitos que se dizem entendidos em
Maquiavel. Uma das pérolas mais citadas: “os fins justificam os meios”, pronto
esta pessoa já se acha um perito das obras de Nicolau sem ao menos ter lido
absolutamente nada ou por simplesmente em uma “rodada de debates políticos” ter
ouvido esta expressão estranha.
No entanto, ressalto que existem
muitas pessoas que por natureza são autodidatas e tem uma persistência
inabalável quando começam a ler uma obra por mais complexa que seja desperta em
seu ser um desejo absoluto de ir até o fim. Contudo, estes, além disso, procuram
ajuda de quem possui uma compreensão sólida sobre o assunto. Por quanto, diante
de estas barreiras impostas ao grande autor Maquiavel e seu manual político
moderno, sua obra transcende a história e continua sendo um dos grandes
referenciais dos políticos estrategistas, que pensam chegar ao poder e
permanecer na autoridade segundo suas formas e regimes de governos de cada
nação.
O livro é sem dúvida um excelente
receituário científico da política moderna e certamente muitos políticos têm
muito que aprender com este grande pensador estrategista principalmente neste
período em que nosso país se prepara para novas eleições gerais no próximo ano.
Muitas articulações políticas estão sendo feitas a partir dos estrategistas que
certamente têm como fonte de inspiração para elaborarem suas abordagens visando
o poder a contar do livro (O príncipe) de Nicolau. Quem ama a política como
ciência os faço encorajar a todos a lerem este manual desprovido de qualquer
conceito pré-constituído, fundamentado principalmente por comentários de
segundos ou terceiros em relação ao autor e sobretudo neste compêndio
científico que traça linhas gerais para se estabelecer um governo.
Indispensável ir até à fonte para ler e procurar colher o néctar da obra para
aplicar aos nossos tempos.
As controvérsias sobre a obra de Maquiavel não poderiam ser diferentes em razão de sua grandiosidade política.
Óbvio que há muitas controvérsias
sobre o pensamento de Nicolau, e nem poderia ser diferente devido sua
grandiosidade, como ele descreve científica, filosófica e politicamente passo a
passo a posição de um governante. As divergências são evidentes surgirem porque
nem todos comungam das mesmas ideias, isso é mais que natural, até gerar o bom
debate entre os formadores de opiniões. Entretanto, sobretudo é imprescindível
a leitura sempre focada no contexto histórico da época para fazer aplicações
práticas para o momento atual.
Todavia, essa obra ensina a
pensar a política como arte e ciência ao nível mundial. Somente através da
leitura que se formará uma nova hermenêutica atualizada partindo da realidade
de cada nação, para gerar políticas públicas reais, tendo como fundamentos
teóricos para adaptações o pensamento de Maquiavel.
Desejo a todos uma boa e minuciosa leitura do livro do, O príncipe.
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