O dia triste no mundo, mais de 2 milhões de pessoas morrem de coronavirus. O vírus da covid-19 visto a partir da lente do microscópio. Em 15 de janeiro de 2021 o mundo crava o marco triste de mortes por covid-19, são dois milhões de vidas perdidas para este vírus devastador e letal. Essa tragédia começou em 1/12/2019, a Província de Wuhan na China, e se espalhou rapidamente no mundo e gerou a pandemia que vem provocando esse drama humano, ainda sem data para o seu fim. Hoje o Planeta Terra marcou os tristes dígitos de 2.008.273 de pessoas vitimadas pela covid-19. São números assustadores e que não param de crescer diariamente no mundo. É muita dor, sofrimento, lembranças, ausências dos entes queridos que morreram, vítimas da fúria letal do Coronavirus ( SARS-CoV-2 ) em todo o Planeta Terra. A cada um em qualquer parte do Mundo o nosso lamento! Os dados tristes do Brasil já passam de mais 208 mil pessoas que perderam as suas vidas e poderá aumentar se nada for feito como por exemplo
O contexto histórico, político e social desta obra, se confunde com os dias atuais.
O Príncipe de Nicolau Maquiavel. |
É neste contexto semelhante ao de hoje que esse livro é publicado como certa temeridade de dar certo ou não as teorias descritas que são os fundamentos para o funcionamento de um novo sistema ideológico, diante das mais diversas correntes políticas da sociedade. “O príncipe deve ser flexível, plástico e deve se adaptar às variadas circunstâncias, sendo parecido com um camaleão. Para garantir o bem comum, o príncipe deve trocar de pensamentos e de atitudes como também de máscaras e de vestes, no que estiver ao alcance do homem. O príncipe terá de fazer escolhas a cada momento. Apenas o conhecimento irá lhe servir como aliado confiável e, mesmo assim, isso não irá garantir de antemão bons resultados”. Situação igual da atualidade realidade brasileira e do mundo, por isso a sua complexidade não é tão grande para se aplicar literalmente ao contexto turbulento do mundo capitalista em declínio atualmente.
Não adianta discutir sobre política sem que se leia minuciosamente esse livro a base da teorias políticas. Porém O príncipe de Maquiavel o mais controverso compêndio de política e que precisa ler com muita dedicação para compreender o pensar de Maquiavel.
Nicolau Maquiavel o pensador político.
Neste mês de maio os apaixonados das leituras políticas terão muito a recordarem, falarem e discutirem sobre o pensador italiano, “Niccolò di Bernardo dei Machiavelli” a tradução para o português Nicolau Bernardo Maquiavel. Autor do mais controvertido compêndio de ensinamento político "o príncipe". Seu nascimento foi no dia 03, de maio de 1469 na Itália, falecendo em 21 de junho de 1527 em Florença.
Este ano são comemorados mais de meio século de consistência desta obra da literatura política clássica, do período renascentista. Repleta de grandes polêmicas no palco da política mundial. Há uma vasta literatura sobre esta obra impactante entre os pensadores e cientistas políticos. Cada um tem elaborado versões de interpretações de acordo com sua ideologia e sua área de atuação e vivência como ser político, mas é fundamental nunca fugir do pensar de Maquiavel.
Uns enaltece outros os condenam a proposta política de Nicolau, porém existe uma unanimidade que reconhecem esta obra como o verdadeiro referencial para todos os cidadãos que almejam chegar e se manter ao poder possuir as verdadeiras virtudes para agir em determinadas situações mantendo-se no poder conquistando adesões que os fortaleça como governante autêntico.
A obra do pensador político Maquiavel.
Porém o fato imperioso no campo político sem dúvida é a comemoração da conclusão e publicação do livro mais lido por quase todos os políticos do mundo. Esta obra magnânima da arte da política foi concluída em 10 de dezembro de 1513. Este ano especificamente em dezembro, este tratado sobre política faz um aniversário de 551 anos de história no meio político mundial. Nesta matéria não irei analisar o mérito precioso do conteúdo deste clássico mundial da literatura política e muito menos fazer uma resenha do livro. Apenas quero fazer outra leitura, tentar esclarecer as formas desprezíveis e preconceituosas como este compêndio maravilhoso foi repassado ao longo da história, desmotivando muita gente a ler esta obra prima da política como arte de governar. Meu objetivo é procurar desmistificar essas ideias erradas e incentivar a leitura deste arquétipo da arte de governar e sobre a visão de Nicolau para os nossos dias.
Para entender com clareza O Príncipe é imprescindível retornar o contexto político da época.
Para que o leitor adquirir o interesse em ler esta excelente obra é fundamental que se volte à contextualização histórica em passava a Itália da época em que foi escrito este livro. A Itália dos séculos XV e XVI estava no auge do renascimento cultural e intelectual, mas atravessava uma fase perturbada por guerras, assassinatos violentos, conspirações e traições entre os poderosos. Dentro de uma Itália dividida Maquiavel vivenciou estes conflitos que certamente os trouxeram dissabores e ao mesmo tempo, fizeram renascer o desejo a este grande intelectual o sentimento da unificação plena de seu país. Em todo este contexto histórico que Nicolau arquitetou sua obra o governante, o Príncipe sábio, virtuoso e forte para manter o poder único e estabilizado utilizando os caminhos corretos para se concretizar este desejo como cidadão e pensador da época.
Devido às grandes perseguições que Maquiavel sofreu durante sua vida, esta obra foi considerada pelo poder dominante da época como sendo um livro subversivo, até certo ponto compreensiva diante dos mais ambiciosos interesses dos governantes da época. E principalmente para o contexto histórico em que Maquiavel escreveu esta obra visando à volta de um príncipe ao poder. Infelizmente os poderosos deturparam de uma maneira ideológica direcionada a minar a expansão do pensamento de Nicolau Maquiavel no campo político. Pelo seu brilhantismo, as tentativas dos poderosos foram improfícuos. O pensamento de Nicolau traspassou as entranhas da política e continua sendo vigorosa durante estes mais de quinhentos anos de existência.
Desde aquela época conseguiram estigmatizar e propagarem eficientemente para o povo até os nossos dias, esta visão negativa do grande pensador e criador da política moderna. Este pensamento é plenamente difundido principalmente entre as pessoas, e entre as nações que lê pouquíssimo e geralmente as obras deste nível e estilo como “O Príncipe de Maquiavel”. Para ler e compreender esta obra o leitor obrigatoriamente deve ter uma formação que possa chegar o grau de compreensão que o escritor exige. Muitos até tentaram ler, mas desistem por quer não dispõe de uma formação apropriada. As melhores formas que encontraram para excluir da história foram geradas ao longo deste período, as críticas principalmente póstumas, instituindo, a partir de seu próprio nome o adjetivo maquiavélico, que é extremamente pejorativo, passando a ideia de astúcia, esperteza, aleivosia, sagaz, má fé, logro e atrocidade, fingimento, etc.
Tem muitas pessoas que nunca leram o livro “O príncipe de Maquiavel”, e muitos nem sabem o significado deste adjetivo pejorativo "maquiavélico" e enchem o peito e dizem levianamente isto é uma estratégia maquiavélica, aquele sujeito parece ser um excelente conhecedor do pensamento de Maquiavel. Agora se entende por que os políticos são maquiavélicos, etc. e assim por diante sempre se ouve expressões que são verdadeiras pérolas da ignorância em relação a um grande autor de um esplêndido manual de política para todos os políticos e a população que deseja conhecer os meandros do poder.
Os desvios de interpretação da obra de Maquiavel.
Há um bordão popular inspirado em Maquiavel, ”os fins justificam os meios” esta sentença nunca foi escrita por Maquiavel no livro “o príncipe” no decorrer da história no meio político criou essa interpretação falaciosa sobre suas ideias de criar um país unificado. Esta frase deve ser compreendida dentro de todo o contexto histórico e político que vivia o escritor na época. E não simplificar nesta frase gerada por interpretações errôneas como se fosse à base do conteúdo do livro espetacular sobre fundamentos da política moderna. O que ele pretendia explicar era: que o monarca deveria ser alguém dotado de capacidades para agir sem medir esforços para atingir os objetivos de governar aguerridamente para unificar a nação italiana despedaçadas em desavenças. Essa era a justificativa ele buscava a união e estabilidade do governo e nada mais. Durante muitos anos houve muitas interpretações para este objetivo de Maquiavel e muitos sintetizaram esta frase que tornou um célebre bordão para muitos que se dizem entendidos em Maquiavel. Uma das pérolas mais citadas: “os fins justificam os meios”, pronto esta pessoa já se acha um perito das obras de Nicolau sem ao menos ter lido absolutamente nada ou por simplesmente em uma “rodada de bate papo” ter ouvido esta expressão estranha.
No entanto, ressalto que existem muitas pessoas que por natureza são autodidatas e tem uma persistência inabalável quando começam a ler uma obra por mais complexa que seja desperta em seu ser um desejo absoluto de ir até o fim e, além disso, procura ajuda de quem possui uma compreensão sólida sobre o assunto. Por quanto, diante de todas estas barreiras impostas ao grande autor Maquiavel e seu manual político moderno, sua obra transcende a história e continua sendo um dos grandes referenciais dos políticos estrategistas, que pensam chegar ao poder e permanecer no poder segundo suas formas e regimes de governos de cada nação.
O livro é sem dúvida um excelente receituário científico da política moderna e certamente muitos políticos tem muito que aprender com este grande pensador estrategista principalmente neste período em que nosso país se prepara para novas eleições gerais no próximo ano. Muitas articulações políticas estão sendo feitas a partir dos estrategistas que certamente tem como fonte de inspiração para elaborarem suas abordagens visando o poder a partir do livro “o príncipe” de Nicolau. Quem ama a política como ciência os faço encorajar a todos lerem este manual desprovido de qualquer conceito pré-constituído, fundamentado principalmente por comentários de segundos ou terceiros em relação ao autor e principalmente sobre este manual científico que traça linhas gerais para se estabelecer um governo. Indispensável ir até a fonte para ler e procurar colher o néctar da obra para aplicar aos nossos tempos.
As controvérsias sobre a obra de Maquiavel não poderia ser diferente em razão de sua grandiosidade política.
Óbvio que há muitas controvérsias sobre o pensamento de Nicolau, e nem poderia ser diferente devido sua grandiosidade, como o mesmo descreve científica, filosófica e politicamente passo a passo a posição de um governante. As divergências são evidentes surgirem porque nem todos comungam das mesmas ideias, isso é mais que natural, até gerar o bom debate entre os formadores de opiniões. Entretanto, sobretudo é imprescindível a leitura sempre focada no contexto histórico da época para fazer aplicações práticas para o momento atual.
E pensar a política como arte e ciência a nível mundial. Somente através da leitura que se formará uma nova hermenêutica atualizada partindo da realidade de cada nação, para gerar políticas públicas reais, tendo como fundamentos teóricos para adaptações o pensamento de Maquiavel.
Desejo a todos uma boa e minuciosa leitura do livro o príncipe.
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