No cotidiano da vida tem momentos sublimes geradores de amizades!
A foto mostra a tapioca de coco. |
Na ocasião a qual se viaja, seja
para lugares esplêndidos do Brasil ou para o exterior sempre se depara com
pessoas maravilhosas, animadas, festeiras, hospitaleiras e seus costumes,
cultura, artesanato, músicas, artes, e culinárias diferentes que marcam o paladar
da vida da gente para sempre.
Neste conjunto de valores culturais descreve-se um acontecimento gastronômico, o qual marcou um certo período existencial. Foi numa dessas andanças para se deslumbrar com as belezas naturais brasileiras, que tudo ocorreu maravilhosamente bem.
Em uma viagem dessas de férias
escolares, em pleno mês de janeiro, de sol escaldante; não lembro exatamente o
ano, mas faz muito tempo. No entanto, ao chegar
em Maceió, logo fui caminhar pela linda Avenida Pajuçara. Lá encontrei
um belo quiosque, na famosa orla da
praia de pajuçara, comprei e experimentei um prato típico, a famosa
tapioca de coco, uma iguaria da região nordestina. Depois a cada
dia fui degustando outros sabores, cada um com seu requinte único e mais
especial do que o outro. São indescritíveis seus sabores somente experimentar
para saber de fato, a delícia de uma das legítimas tapiocas nordestinas.
A culinária é o patrimônio gastronômico dos povos.
Como em todos os países, a
culinária serve como patrimônio gastronômico de identificação de
determinada nação. No Brasil não é diferente, cada localidade tem sua culinária
típica que serve como espécie de ícone que identifica os pratos típicos de cada
região do Brasil.
Em uma dessas tardes estava a
bisbilhotar as redes sociais, contudo, ao rolar o mouse, sobre as belas imagens
de comida, me deparei com uma linda imagem de uma tapioca. Uma daquelas imagens
bem nítidas, que diante dos olhos passam a impressão de que são reais. Elas
fizeram surgir água na boca. Relembrei daquela inesquecível viagem e da
primeira vez que provei várias tapiocas e entre elas a de coco.
Até agora não sei explicar essa
reação de surgir água na boca ao ver aquele alimento. Admito transferir esta
tarefa, para os profissionais da psicanálise e da psicologia, para explicarem o
porquê de os seres humanos salivarem perante belas imagens dos alimentos. Pode
ser o reflexo condicionado ou condicionamento. Aqui se encaixa perfeitamente
aquela expressão, “toda ação gera uma reação”. No entanto, é importante, deixar
esta missão para os cientistas e os profissionais desta área da saúde do
cérebro.
A imagem da tapioca gerou uma linda história.
O que interessa aqui é a imagem
da tapioca, aquela à qual observei do início e todos os seus detalhes! No
entanto, instintivamente mandei uma mensagem para a pessoa do outro lado da
tela do computador, com a qual estava a conversar sobre a iguaria. Gentilmente
ela respondeu e disse que tinha feito aquela para o desjejum do dia, a qual
iria acompanhar o café da manhã com a família.
O meu amigo então, soltou o
vocabulário e discorreu sobre esta culinária nordestina e isto me fez salivar
ainda mais. A vontade era simplesmente de cortar uma fatia da tela do PC e
saborear aquela delícia da tapioca, que faz muitos anos que a degustei. No meio
da conversação, entraram outras pessoas maravilhosas e foi gerado uma espécie
de debate, seminário e discussão saudável em rede, na “internet”; foi uma
conversa agradável.
O mais estranho foi que salivava, igual ao
cão daquele cientista, Ivan Pavlov.
Todos os participantes da
conversa, eram de vários estados, os quais compõem a mesma região nordestina do
Brasil. Os debatedores teceram nobres comentários e elogios a este prato típico
do Nordeste. Eu, que moro no extremo sul do Brasil, conversava e observava
aquela linda imagem, contudo, salivava igual um “cachorro louco” (semelhante ao
cão da experiência do filologista russo Ivan Pavlov, 1849 – 1846), sem
poder fazer nada. Durante esta grande discussão gerou-se uma enorme rede de
boas amizades entres pessoas amáveis, cada uma procurando ajudar-me e o
interessante é que houve até trocas de várias receitas sofisticadas que a
outra. Então prometi para os meus amigos que assim que terminasse nosso fórum
“online” mandaria, fazer esta especialidade gastronômica nordestina. Será tudo
de acordo com as várias receitas postadas naquela bela e inesquecível tarde de
conversas dessas populares redes sociais.
A receita que não deu certo.
A pessoa que recebeu a
incumbência desta ação complexa aplicou seu total profissionalismo, seguindo o
rigor das instruções de uma receita específica. Quando me chamaram para
saborear a tapioca recheada de coco, houve um longo e profundo silêncio para
mostrar a obra de arte culinária e percebi no semblante de todos que algo deu
errado.
O resultado do grande trabalho,
estava sobre a mesa, no entanto, parecia mais uma panqueca do que
uma tapioca. Frustração total, contudo, acalmou o sistema
nervoso e a devorei a tapioca com aparência de panqueca. Não obstante,
automaticamente parou aquele transtorno de fundo emocional a salivação e fui
dormir sonhando comendo todos os tipos de tapioca a noite toda. Mesmo que não
conseguisse acertar a tapioca, o mais
sublime desta história foi à construção das amizades que são superiores a
qualquer iguaria.
A importância da comunicação via internet para os dias de hoje.
A descoberta desta fantástica
imagem que relembrou muito um período da minha existência e, sobretudo,
construir novas amizades para serem duradouras. Esta é a função da comunicação
hoje em sua instantaneidade e em tempo real. Num clique se descobre pessoas,
imagens, vídeos interessantes, fotos antigas e engraçadas que relembram
períodos bonitos da vida. Além do mais, descobre novas pessoas e faz belas
amizades e até se escreve pequenas e grandiosas histórias.
Portanto, se por acaso algum dia estes meus amigos lerem esta matéria poderá se lembrar do dia o qual a tapioca ficou famosa. Enquanto permaneço no outro extremo do Brasil. Vou mandar testar outras vezes estas receitas; pode ser que um dia se acerte uma entre tantas que meus amigos amantes da tapioca mandaram. Enquanto, a batalha na cozinha permanece por aqui até conseguir o ponto de acerto das receitas. Quem sabe um destes amigos pode me mandar umas tapiocas já prontas e quentes; afinal tudo hoje é instantâneo!
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